domingo, 19 de agosto de 2012

MULHER, SERÁ QUE É HORA DE VOLTAR PRA CASA?

            Volta e meia me pego pensando sobre nós, mulheres, e como temos lidado com todas as mudanças gradativas que temos acompanhado sobre nosso papel e possibilidades! Já até escrevi sobre isso...
            Eu (e quando digo eu, falo de MIM e apenas por mim) não olho tudo com isso com muita alegria, não... confesso outra vez! Adoro (imensamente) as conquistas individuais, mas tenho tanto medo das conseqüências coletivas!!
            Não somos iguais aos homens, amigas... nem adianta! Nem piores, nem melhores. Em alguns aspectos passamos na frente, em outros eles. E assim vamos seguindo com nossas capacidades, nossas semelhanças e nossas diferenças. Uma coisa, por exemplo, é nosso: somos agregadoras! Isso é da natureza feminina! Não há como negar que, comparadas aos homens, somos nós, mulheres, que juntamos tudo e todos: família, amigos, parentes distantes, ex-turma de escola. Por sua vez, e também por natureza, os homens são mais focados no futuro, pensam na frente, pra frente, sem olhar muito em volta ou pra trás. Nós vamos passando e recolhendo, colocando no colo, ou na bacia ao lado do quadril o que eles deixam cair quando vão seguindo em frente apressadamente.
            Queimaram (a droga dos) sutiãs e disseram que tínhamos o direito à igualdade. Nos demos MUITO MAL! Além de tudo que citei no texto anterior sobre esse mesmo assunto, o que me trouxe até esse texto foram os itens da lista assustadora que vim fazendo na minha cabeça desde essa manhã (e olha que já anoiteceu!).
            Pagamos uma pessoa pra arrumar as camas, varrer o chão, tirar a poeira dos móveis, preparar a comida da família, lavar e passar as roupas e... EDUCAR NOSSOS FILHOS! Mas o que é EDUCAR senão um ato de repetição, amor, paciência, firmeza, mais amor e mais e mais e mais amor? Como podíamos crer que pessoas que recebem salário pelo trabalho que prestam podem depositar nessa tarefa o mesmo amor, paciência, determinação e capricho que nós – as mães dessas crianças? Até mesmo porque, enquanto nossas secretárias são obrigadas a driblar a pirraça, enfrentar a teimosia, dobrar a insistência e recusar os pedidos mais escabrosos dos NOSSOS filhos, os filhos DELAS estão sendo cuidados em creches, por parentes ou vizinhos. E o que as difere de nós? NADA! São mães como nós e também se sentem inquietas por se verem obrigadas a estar longe dos seus a maior parte do tempo e pela maior quantidade de dias da semana. E alguém vai me convencer que o trabalho delas com nossos filhos é igual ao nosso?? Ah, tá!

(pra quem se interessou pelo assunto, continua aqui em baixo, no próximo post!)
;-)

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