domingo, 29 de maio de 2011

AMOR PARA MAIS DE UMA VIDA...

Dedico esse carinho às minhas filhas que vieram para inundar minha vida de amor e trazer para meus dias, ainda mais cor!



Nem só os santos são sagrados.
Nem só os astros, iluminados.
Nem todo sonho é ilusão.

Nem todo desejo é pecado.
Nem todo ser, lapidado.
Nem tudo o que é nosso fica em nossa mão.

Nem tudo o que é muito, é exagero.
Nem todo choro, desespero.
Nem toda semente brota no chão.

Nem toda barriga é banha.
Nem todo gritinho é de manha.
Nem tudo o que arde é paixão.

Nem tudo que é benção é descanso.
Nem tudo é sempre tão manso.
Nem todo anjo é sempre harpa, nuvem, algodão.

Nem tudo é ciência exata.
Nem tudo se faz sem errata.
Nem sempre se tem a receita do pão.

E mesmo com todo o cansaço,
No fim me sinto de aço.
E me refaço,
Sou imensidão.

Meu colo, recanto seguro.
Aqui, sempre do amor mais puro.
E mesmo na dúvida, certeza e razão.

Que minha luz sempre as proteja.
Que Deus as guie. Assim Seja!
E que nossa família seja sempre nosso chão.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

CONSUMIDA E SEDUZIDA

         O novo tem me seduzido! E me consumido também, é verdade!
         Novo desafio profissional, nova experiência, nova equipe, novo formato. Tudo muito novo e gostoso, mas tudo muito mais intenso também. Por isso, tenho sido “consumida” pelo dever de fazer bem, de fazer melhor do que sempre fiz, de me dedicar ainda mais! E também por isso, tenho me sentido tão seduzida.
         Bom, mas o fato é que, seduzida ou não, estou sumida! Sumida de casa, sumida da vida das filhas, do marido, da rotina “normal”. Aí, hoje, depois de sair para almoçar quase na hora do lanche da tarde resolvi que correria para minhas pequetitas pra tentar compensar essa ausência das últimas semanas. Olhei a hora e vi que dava tempo de pegar a mais velha na aula da natação. “Vou lá mostrar à ela que mamãe ainda está ‘aqui’!”, pensei. E fui, feliz da vida!
         Cheguei lá e me deparei com uma linda sereinha, nadando com facilidade naquela “piscinona” que até bem pouco tempo me apavorava. Linda! Como cresceu desde a última vez que a vi naquele cenário... E que sorriso lindo ela me deu assim que bateu os olhos em mim!!!
         Sentada ao lado da piscina, não conseguia tirar os olhos dela, e a boca já estava dormente num sorriso que parecia não ter fim. Ela deixou os exercícios por um minuto e veio saber porquê eu estava lá. Respondi, simplesmente, que fui vê-la, e em troca ganhei um cheirinho, um estalinho doce e um “EU TE AMO” que muda a cor do dia de qualquer mãe.
         Enquanto eu a olhava hipnotizada, ela me buscava mil vezes com seus olhinhos também, e entre um sorriso cúmplice e outro, fazia os exercícios como forma de se exibir e de me presentear com cenas tão simples, mas tão ricas.
         Eu me rendi. Me rendo sempre! São essas baixinhas que mandam em mim, na minha vida e até no meu humor. E hoje, depois da rotina exaustiva, da fome que doía o estômago e do cansaço latente, eu ainda achei espaço pra ser feliz e mais nada! Só feliz! E digo que era só isso que cabia no meu peito!
         Depois de vê-la nadar, fazer os exercícios e brincar, fui lá enxugar, arrumar, parabenizar. Eu estava lá, junto dela! E isso não tem preço!!!!

         Dali fomos direto pra casa. À minha espera meu outro amorzinho - aliás, AMORZÃO - que ao me ver chegar antes da hora habitual, abriu os bracinhos e gritou o “Mamããããããããããe” mais gostoso dessa vida.
         Estava eu, a dona do ninho, pedindo que elas me “chocassem”, que me aquecessem com o amor que só vem delas, que só tem a temperatura certa quando elas estão perto... e fui prontamente atendida. Entre uma risada e outra, uma resmungada e outra, uma pirracinha e outra, um ABRAÇO E OUTRO, estava eu, mais feliz que nunca, me sentindo plenamente consumida e seduzida pelo amor mais lindo que eu já experimentei.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

EU QUERO, EU QUERO, EU QUERO!

             
         Quando eu era mais nova eu queria crescer. Cresci. Depois, quis aprender a dirigir. Aprendi. (Aí enjoei e não queria dirigir mais, mas não tinha mais jeito.) Depois disso já sonhava em me casar. Casei. Queria a minha casa. Compramos. Queria filhos. Tive duas. (LINDAS, por sinal!)

         Queria meu carro. Continuo querendo! Queria uma profissão. Tenho. Queria ser reconhecida pelo que sou e pelo que EU sei fazer. Consegui.

         Aí, comecei a complicar... Queria ser mãe 24h. Quase pirei. Queria me dedicar mais à carreira. Tive culpa por deixar as meninas, a casa e o marido de escanteio. Queria uma funcionária que cuidasse tão bem da minha casa e das minhas filhas quanto eu. Senti ciúmes. Queria não sentir ciúmes. Consegui. E depois perdi a funcionária.

         Queria cachorro. Tive. Mas também tive que dar. Sofri porque dei o cachorro. Sofri porque resolvi ter o cachorro sabendo que não podia ter. Sofri porque não queria gostar tanto de bicho, mas gosto!

         Bom, depois de muito querer x ter x conseguir x não conseguir x reclamar porque tive E porque não tive, cheguei à conclusão de que esse “vício” nos impulsiona e crescer, a ter ou ser mais, ter e ser além... Mas também nos inquieta, nos espeta, nos tira a paz. Sei que isso vai continuar porque é assim pra todo mundo. Isso eu já aprendi. Só não aprendi a parar de querer as coisas (e é bom não aprender, né?!).
         Hoje, me bastaria: fazer uma viagem de 10 dias com a família completa, depois outra de 5 dias só com o marido; tirar umas férias de 10 dias das duas viagens (porque viagens cansam!); um carro (continuo querendo); ganhar uns R$10.000,00 de surpresa (olha como sou modesta); um escritório e uma secretária que conseguisse me ajudar a organizar minha vida, minhas coisas e meus compromissos. (Tem mais uma listinha quase quilométrica à espreita, mas a relação daí de cima é de URGÊNCIA!)

         Se amanhã – ou semana que vem – eu conseguir essas coisas, começarei a querer outras, e aí venho contar pra você. Eu prometo! ;-)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

JÁ SE PASSARAM 2 ANOS DESDE AQUELA MANHÃ...

         Era uma terça-feira. Acordamos às 5h - bem mais cedo que o habitual. Ainda estava escuro e o clima era agradável. Levantei animada, tirei o pijama e tomei um banho caprichado! Coloquei a roupa que já estava separada desde a véspera, calcei meus sapatinhos (os mais lindos, inclusive!), peguei a malinha com tudo o que eu e ela precisaríamos.

         Fui no quarto da Clara e dei um beijo nela, que dormia como um anjo que é! Fiz uma pequena oração, dei a mão ao Rafha e fomos. Fechamos a casa, entramos no carro e enquanto o portão se fechava, olhávamos e fazíamos outra oração. Ali dentro do carro medo, ansiedade, euforia e alegria se misturavam e nos deixavam inquietos.

         Chegamos lá. Outra pequena oração na hora de saltar! Fomos recolhendo tudo o que estava no carro e entramos. Polly e Tia Vera já nos esperavam. Abraços, fotos, sorrisos e planos. Muitos.

         Era dia 12 de maio de 2009. Terça-feira. Clima gostoso. Dia mais que esperado! Dia de nascer nossa HELENA.

         Eu, barriguda que só, estava louca pra ver minha princesinha, descobrir se eu havia feito alguém que – finalmente – fosse parecida comigo, pra saber se ela estava bem, se era perfeitinha, se estava saudável... Quanta lembrança boa! Que manhã mais gostosa!

         Quando fomos para o quarto, mais expectativa. Arrumamos as lembrancinhas, tiramos mais fotos, fizemos vários esquemas táticos para que todos os familiares e amigos fossem avisados do nascimento daquela que, sem dúvida, vinha para renovar tudo em nós!

         Hora de colocar o avental, o sapatinho e a touca para ir para o Centro Cirúrgico. Nas mãos, a oração da Nossa Senhora do Bom Parto que era lida e relida inúmeras vezes. “Proteja-nos, Mãezinha. Traga minha filha com muita saúde!” E ela trouxe!

         Às 7h 42 eu ouço o médico avisar que ela havia nascido. Não chorou. Roxinha, foi direto pro oxigênio. Eu, ali, amarrada e por detrás daqueles panos, me controlava para não gritar. Mas cheguei perto de um volume bem alto. “Como ela está? Alguém chama o Rafhael ou a Pollyanna pra me falar a verdade!!!!!!”, esbravejei. Dra Cíntia, doce que só, fez ponte do meu pedido. Veio a Polly. Filmadora na mão, chorando e com os olhos mais brilhosos desse mundo repetia que ela era linda e que estava tudo bem. Quis saber o motivo do choro e ela disse que era emoção. Eu acreditei. Como não?!

         E era mesmo! Minutos depois chega o Dr Rafael com meu embrulho no colo. Gorda! Careca! Branquela! Banguela! E ainda assim, LINDA! Ele falava dela e eu a olhava sem parar. Benção, pedidos, reconhecimento, buscas... Tudo num instante só, mas que na cabeça da gente vira eternidade!
         Ela é A CARA DO PAI. Aliás, acho que ela é O PAI “com perereca”. Nunca vi nada tão parecido. E mesmo assim, eu a acho idêntica à mim! ;-)

         Temos uma ligação LINDA. Aliás, tenho a sorte de ter essa mesma ligação com meus 3 amores... Amém! E eu AMO o fato de ser a esposa do Rafha, ter visto nascer a “Larissa-mãe” assim que vi nascer a filha Clara; e de me refazer como “galinha-choca” - assumida que sou - quando Deus me deu a chance de gerar uma segunda vida, de poder cuidar de alguém outra vez, descobrir que o amor faz o coração da gente ser elástico e que ninguém é tão feliz que não possa ser mais!

         Taí! Essa é minha frase para esse próximo 12 de maio: NINGUÉM É TÃO FELIZ QUE NÃO POSSA SER MAIS!

         Parabéns, minha HELENA, que de pequena nada tem! Tens a força de um leão, a rapidez de um guepardo e o brilho do Sol. Desde que nasceu, sorri com os olhos, que dizem tanto sem nem mesmo saber dizer... eu te amo tanto, tanto...

         Seja FELIZ, minha pequetita. Muito feliz! E que o Papai do Céu te guie SEMPRE. Eu te abençôo, filha. Hoje, amanhã, depois e depois!

         FELIZ 2 ANINHOS. E FELIZ TODO O SEMPRE!
         AMO VOCÊ!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ô CAFONICE!!!!

          Aproveitando a onda cafona que passou por nossa cidade nesse final de semana, resolvi pensar no que realmente é cafona pra mim. Porque vamos combinar, roupa não é tudo, e isso é fácil trocar...
         Quero saber o que É cafona mesmo... De natureza, de raiz e o que não dá nem pra contestar!

É CAFONA:

  • Ser grosseiro com as pessoas;
  • Descontar seu mau humor – ou sua lua virada – em quem não tem culpa;
  • Invadir o espaço alheio;
  • Dizer que não tem amigos porque nessa vida não se pode confiar em ninguém;
  • Falar mal de quem você não conhece;
  • Ter preconceito de qualquer natureza;
  • Fingir não ver aquilo que pode ser melhorado;
  • Achar que os problemas do mundo nada têm a ver com você;
  • Gastar água e energia à toa;
  • Jogar lixo no chão;
  • Bancar o moralista;
  • Viver a hipocrisia social e achar que todos têm que ser assim;
  • Fazer isso ou aquilo só porque as pessoas esperam esse tipo de comportamento;
  • Não ser leal às suas vontades e sonhos porque os outros “vão achar que...” ;
  • Não falar por medo de ser julgado;
  • Julgar quem fala o que sente;
  • Não aceitar mudar de opinião por puro orgulho;
  • Ter vergonha de quem você ama, por qualquer razão;
  • Destratar os mais humildes;
  • Não corresponder a um sorriso sincero;
  • Ter pressa pra tudo;
  • Não aproveitar um dia em família;
  • Não usar cinto de segurança;
  • Viver com culpa, medo ou vergonha;
  • Não arriscar;
  • Viver sob a proteção ou cuidados de alguém e não tentar crescer;
  • Ter vergonha ou se sentir culpado por, em alguns momentos, ficar à toa e curtindo o ócio;
  • Não querer trabalhar pra ficar na barra da saia da mão, ou na bainha da calça do marido;
  • Trabalhar demais e esquecer de aproveitar a vida;
  • Cobrar atenção, cobrar a presença, cobrar amor, cobrar afeto, cobrar, cobrar, cobrar...

         Ser CAFONA, nesses casos é ser UM SACO, não divertir ninguém e muito menos arrancar a gargalhada alheia. E aqui não tem concurso de Rei ou Rainha, Príncipe ou Princesa.
          Melhor não tentar concorrer!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

EU ADORO SENTIR SAUDADES - 2ª EDIÇÃO

Delíciaaaaaaaaaaaaaa!
Vamos à minha 2ª lista de saudades-que-chegam-a-doer! :-)

EU TENHO SAUDADE:
  1. Dos aniversários no nosso terraço, com docinho e garrafinhas de refrigerante na mesa do bolo;
  2. Da casa da Tia Vera na rua de trás da nossa, em São Silvano;
  3. Da sopa de legumes batida, da Tia Penha Guio;
  4. De andar de patins com o Loiz e DO Loiz;
  5. Dos desenhos animados: He-man, She-ha, Thundercats, Os Smurfs e Ursinhos Carinhosos;
  6. Dos meus brinquedos dos anos 80: Pogobol, Genius, Aquaplay, Boca Rica, Miniaturas da Coca Cola; Menina-Flor; Lanchonete Mc Donalds; Meu Pequeno Pônei; o mini computadorzinho Pense Bem (e do barulinho que ele fazia); Cabeça de Batata; Pula Pirata; Meu Primeiro Gradiente; Sorvetinho; Barbie Hair e etc, etc, etc!!
  7. Do cheiro do meu NENÊ DA ESTRELA quando o ganhei;
  8. Das bonecas Risadinha, Neguinha Maluca e Emília das minhas irmãs;
  9. Do All Star que trocava de cor, do relógio que trocava a pulseira e das Melissas coloridas;
  10. Do cheiro dos armários e da casa da Nona, de Nova Almeida, quando chegávamos lá;
  11. Do cheirinho de pó de arroz que a Nona tinha;
  12. Do cheiro de repelente e de remédio pra bicho que mamãe jogava sem dó em nossa primeira noite na casa da Nona, de Nova Almeida;
  13. De quando tive catapora e fui impedida de entrar na piscina de casa, durante uma festa, mesmo sabendo que tinham, pelo menos, umas 30 crianças lá;
  14. Do Almoço das Regiões do São José;
  15. Das guerrilhas que fazíamos no último dia de aula com direito a muito trigo, ovo, água e misturas nojentas;
  16. Da Tia Rita Dias e da Dona Nega;
  17. De participar das brincadeiras da Pollyanna e da Kênia, na garagem de casa;
  18. Dos dançantes que minhas irmãs mais velhas faziam - e eu ia espiar escondidinha;
  19. Do medo que tive, na Ilha de Itaparica, aos 6 anos, assistia a um grupo de adolescentes brincando de SALADA MISTA, quando um deles, de gozação, disse que eu também participaria. Comecei a ameaçar um choro e fui prontamente acolhida no abraço gostoso da Bia, que me tranqüilizou e disse que era tudo mentira dele;
  20. Da cobra que mataram na Ilha de Itaparica;
  21. Dos amigos de infância que fiz nessas viagens de férias: Larissa, Fábio, Maria (mesmo que bebê), ...
  22. Das vindas da Tia Célia e cia e das minhas intermináveis brigas com André;
  23. Das nossas idas à Cachoeiro;
  24. Do Jaraguá;
  25. Das minhas férias em Cachoeiro e da noite que, no meio do filme A MOSCA, ouvi um barulho estranho e saí do quarto com uma espingarda (enquanto André tremia embaixo da coberta) e surpreendi o funcionário da empresa de luz consertando a fiação no poste de frente da varanda (imagina a cara dele... e A MINHA?!);
  26. De Marataízes;
  27. Da viagem até Marataízes, dividindo o “bagageiro” de uma pampa com Daniella, Fernanda e Roberta;
  28. Do Sítio do Tio Magno;
  29. Dos Natais em família e dos meus “Shows da Xuxa” (Coitados dos familiares OBRIGADOS a assistir!!!);
  30. Da parede da casa cheia de quadrinhos com fotos do papai e da família;
  31. Da minha lancheira com Mirabel, Nucita e Suquinho de caju na garrafinha;
  32. Da dancinha do Charleston, com maiô preto e meia arrastão, na festa do Instituto;
  33. Do refrão que agarrou no LP, bem no meio da minha apresentação de dança com Kamile, na hora do recreio, no Instituto: “Todo domingo havia banda no core- no core-no core- no core- no core...”
  34. Da companhia do Rodrigo e do Ryan nos recreios e nas saídas da escola;
  35. Dos copos de alumínio que usávamos no camping, e do arroz de sacolinha;
  36. De dormir na barraca de camping e do cheiro de plástico que ela tinha;
  37. De ver o papai tomar banho na piscina natural com água QUASE CONGELANDO, em Friburgo, e de lembrar da Tia Carminha sentada na pontinha da Pedra do Cachorro Sentado;
  38. De escorregar nas pedras que tinham numa cachoeira num desses campings (não lembro de qual cidade);
  39. De passar final de semana na casa da Tia Norma e de receber Flávia em nossa casa nas férias escolares;
  40. Da Karina, do Danilo, da Tia Pretinha e do Dr Pedro;
  41. Das consultas no Dr Elpídio, com aquela quadro da enfermeira com o bebê pendurado na parede, o termômetro de vidro fininho e da máquina de escrever que ele usava;
  42. Do dia que o Luiz Emilio, aos 8 meses de idade, engoliu uma besouro – vulgo “Rola-bosta”, e quase morreu asfixiado, quase matando a gente do coração!;
  43. Dos dançantes da minha turma embalados ao som dos Menudos, Polegar e Dominó;
  44. Da turma da Castro Alves;
  45. Da emoção que eu sentia ao achar o que a “Santa Luzia” tinha trazido pra mim;
  46. De quando a Fernanda me contou que Santa Luzia não existia e foi me mostrar, no armário da cozinha, nossos doces escondidos;
  47. Do São José antigo, na Rua Adwalter Ribeiro Soares;
  48. Dos meus amiguinhos da 2ª série, ano em que entrei no São José;
  49. Do cheiro da cantina da escola antiga e dos recreios inesquecíveis que tínhamos por lá;
  50. De quando, na 3ª série, me apaixonei pelo Giovani Fontana após vê-lo de camisa florida aberta, no último dia de aula.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

COMO PROMETI, MINHA 1ª LISTA DE SAUDADES...

SAUDADE - PRA MIM - NÃO É ESTAR SOZINHA. É VIVER POVOADA E RODEADA DE LEMBRANÇAS QUE EU AMO TER!

Vou postar 50 "saudades", mas sei que vai faltar... Aí amanhã faço o mesmo, e depois, e depois!!! Rs

OBS: Já vi que vou chorar de emoção e rir sozinha umas 10.000 vezes! rs
OBS 2: Como eu disse no post anterior, não tenho problema em me lembrar de coisas que não foram felizes. Só a “saudade” delas é que muda de conotação. Mas ainda assim, é saudade! ;-)


EU TENHO SAUDADE:
  1. Do café da manhã dos verões em Nova Almeida: Pão francês quentinho e cheiroso, das fatias de mortadela em cima da mesa e do copo de leite com nescau estupidamente gelado;
  2. De catar sururu na areia da prainha com papai e turma, e deTODOS os verões em Nova Almeida;
  3. De parar na Lanchonete Gava com mamãe para comer empada de frango e tomar suco de laranja;
  4. Do churrasco do Tio Zé Luiz, no barzinho da frente da Antártica;
  5. Do cheiro do papai quando ele chegava da Oficina (e DA oficina!);
  6. De brincar de competição de natação com a Fernanda na piscina de casa (“Nós não precisamos de treinar!”, “Mas nós precisaaaamos!”);
  7. Do cheiro do poço do motor da piscina – tantas vezes virava a nossa casinha nas brincadeiras!;
  8. Da Mercearia do Seu Acir (e da BALA SOFT que eu comprava lá);
  9. Da "festa" que fiz na sala de aula (inclusive com os meninos) quando menstruei pela primeira vez;
  10. Das músicas dos anos 80;
  11. Dos filmes “Goonies” e “A volta dos Mortos Vivos” – os primeiros a passarem em nosso primeiro vídeo cassete!;
  12. Do cheiro do nosso primeiro telefone sem fio (um “tijolo” pérola enorme com botõezinhos marrons dos lados);
  13. Do carpete da casa antiga, e das cortinas com pendentes de lã nas laterais;
  14. Dos azulejos de florzinha, da varanda da frente da sala com colunas redondas e mureta baixinha da casa antiga;
  15. De TODA a casa antiga;
  16. Do cheiro de madeira nova depois da casa reformada;
  17. Da quantidade de vezes que eu e Rosangela passávamos pano e tirávamos a poeira do nosso quarto novo;
  18. Da escada e da área de serviço do nosso apartamento no prédio da Antártica;
  19. Do aniversário de 2 aninhos, de Garfield, do Luciano no terraço do prédio da Antártica;
  20. Do Nescau batido no liquidificador e do suco de groselha, da Tia Carminha;
  21. De dormir nas 2 poltronas juntas na casa da Tia Carminha e ouvi-la dizer que aquilo era meu bercinho;
  22. Do carrinho de rolimã e das invenções mirabolantes do Duda;
  23. Da turma de EJC da Léla e da Bia e do cheiro que tinham os papéis da equipe de secretaria do encontro;
  24. Das reuniões dos Encontros de Igreja lá em casa;
  25. De ir à Missa todos os sábados com a família TODA, depois de assistir ao Chacrinha;
  26. De dar selinho na mamãe pra passar o batom dela;
  27. Da sensação de passar a língua na gengiva dias depois de arrancar um dente e ficar de janelinha;
  28. Da Bia cantando “Balada da Caridade” pra me fazer ninar de tarde;
  29. Do meu emaranhado de 5 chupetas e do cheiro que elas tinham;
  30. Do meu travesseiro pequenininho de fronha vermelha com detalhes pequenininhos;
  31. Da Polly passando de fase no jogo das formigas no Atari;
  32. De quando o papai chegou em casa com o nosso Atari;
  33. Do sabor do Quick de morango e dos ovos pochè servidos pela mamãe no suportezinho próprio, de inox;
  34. Dos pacotinhos de papel, cheios de bala, que papai trazia a cada (mínima) viagem que fazia;
  35. Dos passeios de TODO domingo em cima da pampa, catando esterco pra fazer de adubo pro quintal;
  36. Do Dryke e do Bradock;
  37. Dos campings de Cabo Frio, Petrópolis, Friburgo e Teresópolis;
  38. Das pantufas para entrar no Museu em Petrópolis;
  39. Do Del Rey do papai;
  40. Das viagens pra Salvador e Ilha de Itaparica, acompanhando o relógio do Del Rey e vendo quem podia deitar pra dormir – e de pararmos no Flesha pra passarmos a noite e comer sanduíche;
  41. Dos dias de-li-ci-o-sos que passávamos no Campestre enquanto papai ia jogar bola;
  42. Da coxinha e do enroladinho de presunto e queijo, com molho inglês, do Campestre;
  43. Da Irmã Albina, minha primeira professora no Instituto João XXIII;
  44. Dos recreios e da fila de entrada do Instituto, com irmã Rafaela sempre cantando alguma musiquinha ou dando recados;
  45. Da Vilmara, da Fernanda, da Karol, da Kamily, da Bruna e da Ana Paula;
  46. Das minhas professoras de jardim, alfabetização e séries iniciais;
  47. Da Turma do Balão Mágico;
  48. De ler na minha formatura da alfabetização (com o cabelo preso num rabo de lado e com vestido branco com rendinha);
  49. Dos passeios e das noites na casa da Tia Vera (principalmente na Castro Alves);
  50. Das músicas pornográficas, da calcinha preta e pequena, da cicatriz da retirada da tatuagem no antebraço, do peito com plástica, do puxa-puxa, dos cigarros e da gargalhada rouca que exibia TODOS os dentes e apertava os olhos da Tia Nana.
Amanhã posto mais.
As coisas PIPOCAM na minha cabeça, e a impressão que tenho é que farei umas 10 listas de 50 itens. Tenham calma comigo... mas é que isso é GOSTOSO DEMAIS! :-)

terça-feira, 3 de maio de 2011

AI, QUE SAUDADE...

         Às vezes ouço algumas pessoas falarem: “Eu não sou saudosista! GRAÇAS A DEUS!” Pois eu digo: "EU SOU UMA TREMENDA SAUDOSISTA! GRAÇAS A DEUS!”. De verdade!!
         Eu ADORO sentir saudade, remexer no meu baú e reviver certas coisas que foram tão marcantes pra mim. Confesso que nem sempre sinto saudade só do que foi bom. Estranho, né? Mas é verdade... Talvez eu também sinta saudade de certas experiências nem tão boas, por percebê-las como instrumentos essenciais pra que eu me tornasse quem sou hoje. Sem um pingo ou uma vírgula a mais ou a menos.
         Verões da infância ainda têm cheiro pra mim. Lembro di-rei-ti-nho do moletom que quase rasgou de tanto ser usado no verão que choveu sem parar. Nova Almeida, casinha branca, baixa... tanta chuva que fez uma poça enorme no quintal daquela casa... e toda noite, ao abrirmos as cadeiras de praia ali em volta pra embalarmos as noites em muitos papos, ouvíamos, víamos e corríamos dos inúmeros sapos que resolveram veranear com a gente por lá.
         Lembro do Comodoro (ou Opala) do pai da Paulinha. Um “possante” marrom, inseparável na nossa aventura de (aos 13 anos) aprender a dirigir. Dele, também lembro da noite de chuva – no mesmo ano em que a Daniela Perez foi assassinada – em quase bati após derrapar MUITO numa estrada de chão que estava ensopada! Nossa! Tremo até hoje só de lembrar ele indo, vindo, eu tentando segurar o volante, e Paula gritando para eu parar! (Ai, se mamãe soubesse...)
         Lembro das músicas de cada época da minha vida. Ah, as músicas!!!! Já disse aqui que são elas que me levam – quase fisicamente – para as situações que vivi, né? Pois é! Me lembro dos amores da adolescência, das paixonites que eu acreditava que fossem ETERNAS... lembro também dos rocks com os amigos nas fases de descobertas. Em cada fase descobríamos algo novo, e eu me lembro do que sentia em cada época, com cada amigo, em cada lugar.
         Saudade me faz bem. Saudade me permite voltar lá onde quer que seja para eu me ver como expectadora. Fico assistindo a mim mesma em locais que queria voltar, com o cabelão que eu tinha e depois com o cabelinho que resolvi ter, magrinha e com barriguinha ZERO, com as inseguranças que me rondavam na época, com os medos e com a rebeldia que me rendeu tanta dor de cabeça! Mas ainda assim eu gosto.
         Eu sei EXATAMENTE qual o cheiro do perfume do Boticário de vidrinho quadrado, líquido verde e tampinha redonda de madeira. Lembro do “frisê” do cabelo da Bia no seu aniversário de 15 anos, do vestido vinho curtérrimo da Polly nos 15 anos dela e do choro emocionado do papai no casamento da Léla, e dela fazendo carinho nele, por detrás de sua cadeira.
         Eu me lembro de TANTA COISA que passaria mais 32 anos escrevendo sobre os detalhes do que eu já vi, vivi e fiz. E eu amo TUDO. Cada lembrança, cada cheiro, cada som, cada sensação. Porque minha saudade é de alívio. Alívio de ter tido a chance de poder ter feito isso ou aquilo, e mais ainda de lembrar de tudo com tanto amor. Saudade me faz bem...

E já está combinado: O próximo post aqui do Blog será uma relação de coisas que me fazem sentir saudade. Tá? ;-)



domingo, 1 de maio de 2011

DÁ LICENÇA, EU SOU SINESTÉSICA!

         Não sei se você sabe o que significa uma pessoa sinestésica, mas antes de explicar, quero dizer que eu sou! No último e no mais alto grau. (#prontofalei)
        
         Vamos à definição:

SINESTESIA:
s. f.
1. Produção de duas ou mais sensações sob a influência de uma só impressão.

O Sinestésico tem a ver com aquele que é “sensorial”, ou seja, é capaz de fundir ou misturar diferentes sentidos, por exemplo, conseguem ouvir (audição) um movimento visual (visão) ou sentir cheiro (olfato) ou gosto (paladar) de uma imagem visual (visão) ou visualizar (visão) ao ouvir (audição) uma música.

         Pois é. Eu sou (louca) assim mesmo! Eu sinto o cheiro de um determinado momento quando vejo uma foto. Música e ar condicionado no carro ao mesmo tempo me deixam confusa. Eu tenho sensações intensas quando vejo algumas imagens (medo, alegria, saudade, frio, nojo e ETC!). Quando ouço algumas músicas viajo, choro, quero correr, gritar, beijar, socar e ETC! :-)

         Sou sinestésica desde que me entendo por gente, mas só há um tempo descobri o que era de fato e comecei a entender porque eu sou assim: tão “à flor da pele”.

         Descobri que não sei amar mais ou menos, que não sei ser meio amiga, que não sei ser meio verdadeira, que não sei esconder uma gargalhada ou ser discreta quando tudo é tão aberto dentro de mim. Descobri que as coisas todas passam por todos os meus sentidos e que sou uma avalanche de percepções. E eu ADORO ser assim. Confesso que às vezes fico até confusa, mas ADORO!

         Semana passada, ao realizar um trabalho com uma amIGa querida, ouvi uma dessas músicas que têm total domínio sobre mim, e aí, no meio da frase com ela eu me vi paralisada, com as mãos em alerta pedindo que ela “esperasse” porque eu estava praticamente em transe. E estava mesmo. É INCONTROLÁVEL. Fico quietinha, cantando junto e sentindo um calorzinho bom, aconchegante, enquanto minha mente voooooooooooa e me faz sorrir sozinha, olhar pro nada e ficar com cara de boba. (Quem vê a cena deve pensar atrocidades de mim! Rs)

         Sou sinestésica. Muito sinestésica. Tipo “a mais” sinestésica que eu conheço! E não falo da Cinestésica (com C) que gosta do toque, que precisa encostar com quem conversa. Sou Sinestésica (com S), gente!!! Um monte de coisa junta realizando e SENTINDO tantas outras. (Acho que é por isso que uso o sinal de exclamação tanto quanto posso!!!!!!!!! É muita expressão numa pessoa só!) :-)))))

         Sou assim. E hoje, ao ouvir mais uma dessas trilhas que me enfeitiçam senti uma ALEGRIA ENORME, uma gratidão gigante pela minha vida, por esse final de semana que termina agora e que foi PERFEEEEEEEITO, pelas pessoas que tenho, pelas que já tive, pelo meu jeito, por eu ser exatamente como sou. Minha alegria quase pôde ser tocada. E ainda estou nessa. Quase em transe. Quentinha, cantando junto, rindo, olhando pela janela, escrevendo e FELIZ. Muito FELIZ!