segunda-feira, 17 de setembro de 2012

“COMPOSITOR DE DESTINOS, TAMBOR DE TODOS OS RITMOS; TEMPO, TEMPO, TEMPO, TEMPO...” (Caetano Veloso)

Uns o temem. Outros o apreciam. Uns o culpam por alguns “estragos”. Outros o consideram um santo remédio. O tempo é realmente um grande mistério. Passa no seu próprio compasso e não há quem possa freá-lo.
Outro dia, sozinha no carro a caminho da casa de uma amiga de infância, olhava o dia lindo, abri a janela e dei uma respirada gostosa enquanto pensava no tempo... Senti imensa gratidão por ter visto que ele tem sido tão generoso comigo. 
 Comecei a lembrar do tempo de escola e da época em que conheci essa amiga linda, a Gabi – que me acompanha há exatos 26 anos! Foi passando um filme na minha cabeça e senti tanto orgulho da nossa amizade. Olha só que coisa linda: éramos duas crianças, vimos chegar a adolescência e a vontade louca de descobrir o mundo, compartilhamos a ansiedade da juventude, as alegrias dos amores que vivemos, as dores das histórias que tiveram fim. Sentimos saudade quando ficávamos meses e meses sem um encontro sequer, fomos o ombro uma da outra quando uma tristeza nos fazia pensar que aquilo era o fim do mundo... e olha agora: eu, uma mulher, adulta, casada (e ela estava no altar como uma das minhas madrinhas de casamento, claro!), mãe de duas filhas, indo buscá-la de carro, sozinha e no perfil independente que é tão a minha cara. Cresci. Crescemos. O tempo passou pra mim. Passou também pra ela. Pra nós. E que lindo ver o que ele escreveu em nossas histórias (as nossas individuais e a que temos em comum).
Penso na Gabi, nos encontros que tive com meus irmãos, na mudança de ótica em relação aos meus pais, no desenrolar da minha história com meu marido (que daria um livro, pode acreditar!), nas mudanças de fases das minhas filhas até agora... Como o tempo é legal!
Muitas coisas se perderam e muitas outras foram construídas ao longo do (meu) tempo, e pensando em tudo isso cheguei a algumas conclusões: o tempo só destrói o que é frágil o suficiente pra ser destruído, e só mantém o que é forte o suficiente para vencer os obstáculos, as dificuldades e merece ser “pra sempre”. É sábio!
Faço poucos planos. Não porque eu não tenha muitos, mas porque sei que as coisas mudam muito, sem aviso prévio, e que as surpresas traçam novos e surpreendentes caminhos. Alimento meus sonhos pra ter um norte, mas aprendi a confiar no destino também. Escrevo minha história com minha caneta em punho, rabiscando sempre o que sai do meu coração nas linhas que esse amigo – o tempo – coloca à minha disposição. E tem ficado bom... Somos bons parceiros!

2 comentários:

  1. MESMO QUE EU JÁ TENHA LIDO NA REVISTA, NÃO RESISTI EM VISITAR SEU BLOG QUE SEMPRE ESTÁ RECHEADO DE BELAS PALAVRAS E VERDADES, FALAR DO TEMPO É COMO FALAR DO UNIVERSO NO SER HUMANO, O TEMPO PASSADO, PRESENTE E FUTURO, SEMPRE DIGO QUE 'O TEMPO É UMA PONTE QUE NOS LIGA AO NOSSO SER E AO NOSSO CAMINHO", "NÃO SOMOS ACOMPANHANTES DELE E SIM ELE É QUEM NOS ACOMPANHA, NOS ENSINA SERMOS O QUE SOMOS E AMAR COMO DEVEMOS, AFINAL NOSSA ESCOLA É A VIDA E SE ASSIM O É O TEMPO ESTÁ NO CORAÇÃO DE NOSSAS VIDAS"..AMO LER TUDO QUE ESCREVE E ADMIRO MUITO VOCÊ E SUA FRAGILIDADE MAS QUE AO MESMO TEMPO SE TRANSFORMA NESSA MULHER FORTE E BATALHADORA...SIMPLES ASSIM...TIA MARAELIZA

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