No meu último aniversário (há 11 dias) duas pessoas queridas deixaram recados pra mim dizendo que sou um “ímã de atrair pessoas”. Dei uma risada gostosa na hora em que li aquilo porque acho que é assim que me sinto também. Por onde passo vou seguindo e carregando quem me fizer bem, sabe?! Agarro pelo braço, pela mão, pela cintura e, geralmente - com muito orgulho e alegria - pelo coração!
Penso em pessoas que conheci enquanto ainda chupava chupeta e que ainda são tão vivas na minha lembrança! Às vezes tenho contato com uma e outra e fico impressionada pela forma como ainda somos íntimas e próximas mesmo sem contato há 5, 10, 15, 20 anos. Surpreendente, né?! E delicioso também, pode apostar!
Hoje reencontrei na internet um desses amigos da infância... Nos conhecemos quando tínhamos 6 anos de idade, num camping, numa das férias que passamos no Rio de Janeiro. Sou do Espírito Santo, ele de Brasília. Poderíamos nunca mais ter tido contato, mas nossos pais anotaram nossos telefones e nos incentivaram, nos primeiros anos seguintes, a trocarmos telefonemas alegres e deliciosos em nossos respectivos aniversários. Eu ligava pra ele para dar os parabéns, e ele ligava pra mim no meu dia. Fizemos isso por ANOS, até que veio a adolescência e nossos “hormônios” roubaram a atenção, nos desviando desse nosso costume.
Anos depois recebo uma carta. Era a mãe dele – a Tia Beth – contando as notícias de lá e querendo saber as de cá. Tudo recomeçou. Delícia!
Vieram os amores, o meu amor, minha gravidez precoce e minha decisão de casar. Recebo outra carta dela, dessa vez recheada de conselhos pra vida, emoção e experiências. Na véspera do meu casamento, minha mãe me telefona pra eu correr pra casa porque tinha uma surpresa me esperando. No caminho fui quebrando a cabeça tentando imaginar que presente de casamento poderia ser. A geladeira? O fogão? Uma televisão ma-ra-vi-lho-sa?
Quando chego, o que vejo? Os pais desse meu amigo que vieram especialmente para o DIA DO MEU SIM! Fiquei sem voz, sem conseguir acreditar e dali pra frente foram muitos abraços, carinho no rosto e muitos risos altos! Qual presente de casamento poderia ser mais maravilhoso que esse?
Hoje, na hora desse reencontro virtual, festa, alegria, trocas de mensagens e um aplicativo no celular que nos permite falar como num “walk talk”. Conversamos por quase meia hora e falamos da vida, de nossas carreiras, da nossa saudade, das minhas filhas e do bebê dele que chega em janeiro (e que ele e a esposa não querem saber o sexo antes do nascimento). Combinamos nosso encontro para o ano que vem – depois de 28 anos sem nenhum abraço sequer – quando ele virá de férias de Nova York, que é onde mora com a família que construiu.
Na última mensagem, ouço dele: “... algumas coisas são fantásticas! Não entendo como algumas pessoas não acreditam em religião ou em coisas fenomenais”.
Nem eu entendo, Fábio... Pra mim é fantástico e fenomenal ter construído esse história com a sua ajuda. O carinho que tenho por você, por sua família e por essa nossa história é inenarrável! Só pode mesmo ter sido presente de Deus!
Nesses anos todos, a única coisa que mudou pra gente foi termos crescido! E só! Que dia feliz!!!!