Era uma terça-feira. Acordamos às 5h - bem mais cedo que o habitual. Ainda estava escuro e o clima era agradável. Levantei animada, tirei o pijama e tomei um banho caprichado! Coloquei a roupa que já estava separada desde a véspera, calcei meus sapatinhos (os mais lindos, inclusive!), peguei a malinha com tudo o que eu e ela precisaríamos.
Fui no quarto da Clara e dei um beijo nela, que dormia como um anjo que é! Fiz uma pequena oração, dei a mão ao Rafha e fomos. Fechamos a casa, entramos no carro e enquanto o portão se fechava, olhávamos e fazíamos outra oração. Ali dentro do carro medo, ansiedade, euforia e alegria se misturavam e nos deixavam inquietos.
Chegamos lá. Outra pequena oração na hora de saltar! Fomos recolhendo tudo o que estava no carro e entramos. Polly e Tia Vera já nos esperavam. Abraços, fotos, sorrisos e planos. Muitos.
Era dia 12 de maio de 2009. Terça-feira. Clima gostoso. Dia mais que esperado! Dia de nascer nossa HELENA.
Eu, barriguda que só, estava louca pra ver minha princesinha, descobrir se eu havia feito alguém que – finalmente – fosse parecida comigo, pra saber se ela estava bem, se era perfeitinha, se estava saudável... Quanta lembrança boa! Que manhã mais gostosa!
Quando fomos para o quarto, mais expectativa. Arrumamos as lembrancinhas, tiramos mais fotos, fizemos vários esquemas táticos para que todos os familiares e amigos fossem avisados do nascimento daquela que, sem dúvida, vinha para renovar tudo em nós!
Hora de colocar o avental, o sapatinho e a touca para ir para o Centro Cirúrgico. Nas mãos, a oração da Nossa Senhora do Bom Parto que era lida e relida inúmeras vezes. “Proteja-nos, Mãezinha. Traga minha filha com muita saúde!” E ela trouxe!
Às 7h 42 eu ouço o médico avisar que ela havia nascido. Não chorou. Roxinha, foi direto pro oxigênio. Eu, ali, amarrada e por detrás daqueles panos, me controlava para não gritar. Mas cheguei perto de um volume bem alto. “Como ela está? Alguém chama o Rafhael ou a Pollyanna pra me falar a verdade!!!!!!”, esbravejei. Dra Cíntia, doce que só, fez ponte do meu pedido. Veio a Polly. Filmadora na mão, chorando e com os olhos mais brilhosos desse mundo repetia que ela era linda e que estava tudo bem. Quis saber o motivo do choro e ela disse que era emoção. Eu acreditei. Como não?!
E era mesmo! Minutos depois chega o Dr Rafael com meu embrulho no colo. Gorda! Careca! Branquela! Banguela! E ainda assim, LINDA! Ele falava dela e eu a olhava sem parar. Benção, pedidos, reconhecimento, buscas... Tudo num instante só, mas que na cabeça da gente vira eternidade!
Ela é A CARA DO PAI. Aliás, acho que ela é O PAI “com perereca”. Nunca vi nada tão parecido. E mesmo assim, eu a acho idêntica à mim! ;-)
Temos uma ligação LINDA. Aliás, tenho a sorte de ter essa mesma ligação com meus 3 amores... Amém! E eu AMO o fato de ser a esposa do Rafha, ter visto nascer a “Larissa-mãe” assim que vi nascer a filha Clara; e de me refazer como “galinha-choca” - assumida que sou - quando Deus me deu a chance de gerar uma segunda vida, de poder cuidar de alguém outra vez, descobrir que o amor faz o coração da gente ser elástico e que ninguém é tão feliz que não possa ser mais!
Taí! Essa é minha frase para esse próximo 12 de maio: NINGUÉM É TÃO FELIZ QUE NÃO POSSA SER MAIS!
Parabéns, minha HELENA, que de pequena nada tem! Tens a força de um leão, a rapidez de um guepardo e o brilho do Sol. Desde que nasceu, sorri com os olhos, que dizem tanto sem nem mesmo saber dizer... eu te amo tanto, tanto...
Seja FELIZ, minha pequetita. Muito feliz! E que o Papai do Céu te guie SEMPRE. Eu te abençôo, filha. Hoje, amanhã, depois e depois!
FELIZ 2 ANINHOS. E FELIZ TODO O SEMPRE!
AMO VOCÊ!